Como já comentei anteriormente, li ou ouvi em algum lugar que a vida é dividida em ciclos de 7 anos e que há uma grande mudança na transição entre esses ciclos. Fazendo uma reflexão da minha vida divido meus ciclos assim:
0 – 7 anos:
A curiosidade era grande, as descobertas infinitas, tudo era novidade, algumas coisas eu entendia, outras eu achava que eram grandes demais para a minha cabeça e simplesmente não cabiam e eu não ligava.
A inocência era o que eu tinha de melhor, o mundo era feito de nuvens de algodão que tomavam a forma que quisessem quando bem entendessem. Todas as pessoas eram legais. Corrupção? O que é isso? Nem imaginava o significado, por mais que tentassem explicar. Amar era ouvir os conselhos e regras do pais e agir como tal, caso contrário bastava esconder e não contar p/ ninguém. As vezes eu agia feito um avestruz, quando queria me esconder, escondia a cabeça e pensava assim:
Não vejo ninguém, portanto ninguém me vê! (Que tolice... rs!).
As maiores responsabilidade eram: acordar cedo, tomar café, escovar os dentes, ir para o colégio, tomar banho, almoçar, jantar, fazer lição de casa e dormir no horário. Aos finais de semana a coisa era mais flexível e eu achava o máximo ficar acordada até mais tarde, me sentia "a adulta" (normalmente às 21:00 eu já estava no último sono).
A missão era: brincar o máximo até a bateria acabar.

8 – 14 anos:
Novas descobertas, eu não me sentia tão infantil, nessa fase senti minha primeira paixão, era o Fabio do colégio, ele nunca soube, eu tinha vergonha até de olhar para ele, quer dizer, eu tinha vergonha que ele percebesse que eu estava olhando. Quando eu passava perto dele fingia que não percebia sua presença.
Minha mente transitava entre o gosto pelas brincadeiras infantis e o despertar da adolescência, queria ser moça o mias rápido possível mas ao mesmo tempo queria brinca de castelinho de areia na praia.
O impacto maior aconteceu quando eu tinha 11 anos, cabeça de criança e corpo de mulher, eu media 1,68m de altura, as pessoas achavam que eu tinha 20 anos, comecei a mentir a idade e morria de vergonha quando alguém fazia a famosa pergunta: Quantos anos você tem?
Pois é, a vergonha marcou essa fase, me olhava no espelho e via um "dromundongo".
As maiores responsabilidade ainda eram o básico: banho, refeições, estudar p/ prova, dormir, acordar cedo e claro jamais deixar o menino dos meus sonhos perceber que eu estava apaixonada por ele.
A missão era: ignorar o mocinho! Parecer uma moça! Agir como uma moça!

15 - 21 anos:
Outras descoberta. No início dessa fase a meta era contrariar os pais, desafiar para conhecer todos os limites, testar o tempo todo. Eu tinha inúmeras táticas, uma delas foi adotar o preto como uniforme, extrapolar o horário dos passeios mesmo que programa não estivesse tão bom, afinal a ordem era contrariar!
Adorava ir para boate, era o máximo, as "matinês bombavam" depois liberaram comemoração de aniversários de 16 anos no período noturno (na época era das 22:00 às 04:00), foi show, me sentia a adulta em pessoa. Acreditava piamente que liberdade era sair de casa a hora que quisesse, com a roupa que desejasse e voltar a hora que bem entendesse. Mesmo assim, não sei pq, meu pai fazia questão de me levar e me buscar na porta, então me sentia uma criança.
Aos 16 anos comecei estudar para o vestibular, decidi que não precisava de cursinho e me isolei no quarto, dias, semanas, meses. Emagreci uns 10 kg. Arrumei uma namorado lindo.
Dito e feito, entrei na faculdade com 17 anos sem cursinho, agora sim eu sentia que tinha atingido o auge da fase adulta, tinha feito minhas próprias escolhas e o melhor que as tinha conquistado... tss tss como eu era besta!
Meu namorado endoidou de ciúmes pois percebeu que eu estava entrando em um novo momento, agora meus amigos eram adultos, a maioria já tinha completado 18anos. Claro que não demorou muito para terminarmos o namoro e eu me enganchar com um da facu.
As maiores responsabilidades eram: estudar para prova para não pegar DP, dormir e banho... comer nessa época era um mero detalhe.
A missão era: Não engravidar.

22 – 28 anos:
Descobri que a vida é um aprendizado constante, amadureci, terminei a facu com 22 anos e comecei a trabalhar, meu primeiro trabalho foi no interior de SP em uma city distante 220Km da casa dos meus pais, foi a maior felicidade ir morar só em um lugar distante (agora me sentia a completa adulta), essa felicidade morreu no primeiro dia quando saí da empresa e não sabia para onde ir, não tinha ninguém para conversar, ninguém estava me esperando com a janta pronta, nem tinha mais uma casa... mesmo assim decidi que iria experimentar. Após 1 semana eu chorava de felicidade que a PIOR semana da minha vida tinha acabado. Decidi que nunca mais teria medo de mudar, enfrentar novos desafios, lugares, trabalhos, etc... Amadureci bastante.
Aos 23 anos mudei de empresa, ainda no interior só que bem mais perto da capital (Indaiatuba – 100 Km), foi fichinha, me virei bem, no primeiro dia já fui atrás de shopping, academia, cabeleireiro, localização de bairros, moradias, etc...
Arrumei um namorado que só pensava em casar, eu pensava:
- Como assim? Casar? Sou muito nova!
Eu me sentia pronta para conquistar o mundo, a perfeita mulher moderna, independente financeira e sentimentalmente (que independência era essa meu Deus?!)
Mesmo assim ficamos juntos 5 anos, até que ele pressionou demais, ou casava ou terminava. Terminamos quando eu tinha 28 p/ 29 anos. Ainda não me sentia pronta, estava decidida a casar somente após os 30.
Nessa fase virei workaholic, fiz pós graduação, me apaixonei pelo mergulho, adquiri um imóvel, morei no exterior, amadureci a prática de outras línguas (inglês e espanhol)... milhões de coisas novas aconteceram e o melhor de tudo é que eu havia desejado.
As maiores responsabilidades eram: trabalho, trabalho, trabalho, trabalho.....
A missão: encontrar tempo para um mergulho de vez em quando.

0 – 7 anos:
A curiosidade era grande, as descobertas infinitas, tudo era novidade, algumas coisas eu entendia, outras eu achava que eram grandes demais para a minha cabeça e simplesmente não cabiam e eu não ligava.
A inocência era o que eu tinha de melhor, o mundo era feito de nuvens de algodão que tomavam a forma que quisessem quando bem entendessem. Todas as pessoas eram legais. Corrupção? O que é isso? Nem imaginava o significado, por mais que tentassem explicar. Amar era ouvir os conselhos e regras do pais e agir como tal, caso contrário bastava esconder e não contar p/ ninguém. As vezes eu agia feito um avestruz, quando queria me esconder, escondia a cabeça e pensava assim:
Não vejo ninguém, portanto ninguém me vê! (Que tolice... rs!).
As maiores responsabilidade eram: acordar cedo, tomar café, escovar os dentes, ir para o colégio, tomar banho, almoçar, jantar, fazer lição de casa e dormir no horário. Aos finais de semana a coisa era mais flexível e eu achava o máximo ficar acordada até mais tarde, me sentia "a adulta" (normalmente às 21:00 eu já estava no último sono).
A missão era: brincar o máximo até a bateria acabar.

8 – 14 anos:
Novas descobertas, eu não me sentia tão infantil, nessa fase senti minha primeira paixão, era o Fabio do colégio, ele nunca soube, eu tinha vergonha até de olhar para ele, quer dizer, eu tinha vergonha que ele percebesse que eu estava olhando. Quando eu passava perto dele fingia que não percebia sua presença.
Minha mente transitava entre o gosto pelas brincadeiras infantis e o despertar da adolescência, queria ser moça o mias rápido possível mas ao mesmo tempo queria brinca de castelinho de areia na praia.
O impacto maior aconteceu quando eu tinha 11 anos, cabeça de criança e corpo de mulher, eu media 1,68m de altura, as pessoas achavam que eu tinha 20 anos, comecei a mentir a idade e morria de vergonha quando alguém fazia a famosa pergunta: Quantos anos você tem?
Pois é, a vergonha marcou essa fase, me olhava no espelho e via um "dromundongo".
As maiores responsabilidade ainda eram o básico: banho, refeições, estudar p/ prova, dormir, acordar cedo e claro jamais deixar o menino dos meus sonhos perceber que eu estava apaixonada por ele.
A missão era: ignorar o mocinho! Parecer uma moça! Agir como uma moça!

15 - 21 anos:
Outras descoberta. No início dessa fase a meta era contrariar os pais, desafiar para conhecer todos os limites, testar o tempo todo. Eu tinha inúmeras táticas, uma delas foi adotar o preto como uniforme, extrapolar o horário dos passeios mesmo que programa não estivesse tão bom, afinal a ordem era contrariar!
Adorava ir para boate, era o máximo, as "matinês bombavam" depois liberaram comemoração de aniversários de 16 anos no período noturno (na época era das 22:00 às 04:00), foi show, me sentia a adulta em pessoa. Acreditava piamente que liberdade era sair de casa a hora que quisesse, com a roupa que desejasse e voltar a hora que bem entendesse. Mesmo assim, não sei pq, meu pai fazia questão de me levar e me buscar na porta, então me sentia uma criança.
Aos 16 anos comecei estudar para o vestibular, decidi que não precisava de cursinho e me isolei no quarto, dias, semanas, meses. Emagreci uns 10 kg. Arrumei uma namorado lindo.
Dito e feito, entrei na faculdade com 17 anos sem cursinho, agora sim eu sentia que tinha atingido o auge da fase adulta, tinha feito minhas próprias escolhas e o melhor que as tinha conquistado... tss tss como eu era besta!
Meu namorado endoidou de ciúmes pois percebeu que eu estava entrando em um novo momento, agora meus amigos eram adultos, a maioria já tinha completado 18anos. Claro que não demorou muito para terminarmos o namoro e eu me enganchar com um da facu.
As maiores responsabilidades eram: estudar para prova para não pegar DP, dormir e banho... comer nessa época era um mero detalhe.
A missão era: Não engravidar.

22 – 28 anos:
Descobri que a vida é um aprendizado constante, amadureci, terminei a facu com 22 anos e comecei a trabalhar, meu primeiro trabalho foi no interior de SP em uma city distante 220Km da casa dos meus pais, foi a maior felicidade ir morar só em um lugar distante (agora me sentia a completa adulta), essa felicidade morreu no primeiro dia quando saí da empresa e não sabia para onde ir, não tinha ninguém para conversar, ninguém estava me esperando com a janta pronta, nem tinha mais uma casa... mesmo assim decidi que iria experimentar. Após 1 semana eu chorava de felicidade que a PIOR semana da minha vida tinha acabado. Decidi que nunca mais teria medo de mudar, enfrentar novos desafios, lugares, trabalhos, etc... Amadureci bastante.
Aos 23 anos mudei de empresa, ainda no interior só que bem mais perto da capital (Indaiatuba – 100 Km), foi fichinha, me virei bem, no primeiro dia já fui atrás de shopping, academia, cabeleireiro, localização de bairros, moradias, etc...
Arrumei um namorado que só pensava em casar, eu pensava:
- Como assim? Casar? Sou muito nova!
Eu me sentia pronta para conquistar o mundo, a perfeita mulher moderna, independente financeira e sentimentalmente (que independência era essa meu Deus?!)
Mesmo assim ficamos juntos 5 anos, até que ele pressionou demais, ou casava ou terminava. Terminamos quando eu tinha 28 p/ 29 anos. Ainda não me sentia pronta, estava decidida a casar somente após os 30.
Nessa fase virei workaholic, fiz pós graduação, me apaixonei pelo mergulho, adquiri um imóvel, morei no exterior, amadureci a prática de outras línguas (inglês e espanhol)... milhões de coisas novas aconteceram e o melhor de tudo é que eu havia desejado.
As maiores responsabilidades eram: trabalho, trabalho, trabalho, trabalho.....
A missão: encontrar tempo para um mergulho de vez em quando.

29 – 35anos:
Estou vivendo esse ciclo, logo no início tive outra mudança na vida e vim parar no estado de Pernambuco, cheguei aqui com o coração apertado achando que fosse a pior besteira. Mesmo assim arrisquei, coloquei na minha cabeça que concluiria meu projeto em 1 ano e meio "e pronto" voltaria para minha vida em Indaiatuba... doce ilusão, já estou aqui há 2 anos e simplesmente amando a vida nordestina.
Engraçado como minhas prioridades de vida mudaram, uma delas foi que deixei de ser workaholic, encontrei equilíbrio entre vida pessoal e profissional. Consigo mergulhar, quando saio mais tarde do trabalho consigo chegar mais tarde na manhã seguinte, e descobri que adoro me dedicar a casa...
Cozinhar é meu forte, adoro receitas com requeijão, fiquei expert no trivial, em 10 minutos preparo uma carninha de sol ou um filé com queijo. Em 30 minutos preparo um delicioso peixe ao molho de camarão, em 40min um fricassé... e assim por diante.
Amo trabalhos manuais, pintar telas por exemplo, além de estar despertando um desejo antigo pela arquitetura.
Tenho lido mais livros de romances, ficção, policial, suspense, etc... parei com minha fixação por livros empresariais. Continuo amando festas dancing, lava a alma assim como banho de mar.
Percebo que estou descobrindo novos gostos, atitudes, pessoas... tb estou aprendendo a olhar para as pessoas, momentos e acontecimento de um outro angulo. Por enquanto isso só tem me feito bem....
Estou vivendo esse ciclo, logo no início tive outra mudança na vida e vim parar no estado de Pernambuco, cheguei aqui com o coração apertado achando que fosse a pior besteira. Mesmo assim arrisquei, coloquei na minha cabeça que concluiria meu projeto em 1 ano e meio "e pronto" voltaria para minha vida em Indaiatuba... doce ilusão, já estou aqui há 2 anos e simplesmente amando a vida nordestina.
Engraçado como minhas prioridades de vida mudaram, uma delas foi que deixei de ser workaholic, encontrei equilíbrio entre vida pessoal e profissional. Consigo mergulhar, quando saio mais tarde do trabalho consigo chegar mais tarde na manhã seguinte, e descobri que adoro me dedicar a casa...
Cozinhar é meu forte, adoro receitas com requeijão, fiquei expert no trivial, em 10 minutos preparo uma carninha de sol ou um filé com queijo. Em 30 minutos preparo um delicioso peixe ao molho de camarão, em 40min um fricassé... e assim por diante.
Amo trabalhos manuais, pintar telas por exemplo, além de estar despertando um desejo antigo pela arquitetura.
Tenho lido mais livros de romances, ficção, policial, suspense, etc... parei com minha fixação por livros empresariais. Continuo amando festas dancing, lava a alma assim como banho de mar.
Percebo que estou descobrindo novos gostos, atitudes, pessoas... tb estou aprendendo a olhar para as pessoas, momentos e acontecimento de um outro angulo. Por enquanto isso só tem me feito bem....
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